A importância do farmacêutico na sociedade

Nas nossas farmácias temos uma equipa especializada para cuidar de si.

André Alves

Farmacêutico Adjunto

Desde 1449 que existem farmacêuticos em Portugal, época em que as suas funções se centravam essencialmente na preparação oficinal de medicamentos ou substâncias medicamentosas. Por essa razão, até há cerca de uma década, as farmácias eram denominadas Farmácias de Oficina. 

Ao longo do tempo, a atividade do farmacêutico começou a centrar-se cada vez mais no utente, desenvolvendo serviços de apoio à comunidade servida pela farmácia, passando assim a usar-se mais frequentemente a designação de Farmácia Comunitária. 

Em muitas zonas do território nacional, as farmácias são a única estrutura de saúde disponível capaz de prestar cuidados de proximidade, sendo nestes locais o farmacêutico o único profissional capaz de evitar deslocações desnecessárias a outros serviços de saúde perante transtornos de saúde menores, através da dispensa e aconselhamento sobre o uso correto de medicamentos não sujeitos a receita médica e medicamentos de venda exclusiva em farmácia.

Pela ampla cobertura geográfica que as farmácias têm no território nacional e pela elevada competência técnico-científica do farmacêutico, estas estruturas tornaram-se aliados essenciais para a garantia dos pilares preconizados no Serviço Nacional da Saúde (SNS): a acessibilidade ao medicamento e a equidade na prestação de cuidados de saúde de qualidade a todos os cidadãos, independentemente da sua localização geográfica.

A intervenção na Saúde Pública faz-se, também, desde 2007 na vacinação contra a gripe e a partir de 2022 contra a COVID-19, sendo cada vez maior o contributo dos farmacêuticos nesta área. Estudos revelam que, cada vez mais, uma maior proporção de cidadãos prefere ser vacinado na farmácia devido ao menor tempo de espera e à sua grande confiança no farmacêutico. Será importante caminhar no sentido de uma maior integração deste serviço no SNS para que dele se possa tirar o máximo benefício. 

A atividade central do farmacêutico, e aquela na qual a sua preparação académica lhe aporta certamente uma maior diferenciação face aos restantes profissionais de saúde, sempre foi, continua a ser e será a área do medicamento. O farmacêutico é altamente competente em farmacoterapia, sendo assim determinante o seu papel na promoção do uso responsável do medicamento, em articulação com os restantes profissionais de saúde.

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